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Quando eu era criança sonhava em receber mesada dos meus pais.
Achava que com aquele dinheiro realizaria todos os meus sonhos e seria dona do meu nariz.
Só que cresci e a mesada não recebi!!
Mas, realizei alguns dos meus sonhos. os mais importantes. Constituí uma família linda e estamos construindo nosso lar...
Porém, os sonhos continuam nascendo e crescendo dentro de mim, fazendo-me querer sair por aí, sem lenço e com todos os documentos, para o caso de uma blitz policial, montada num alazão chamado GOL
que pode ter qualquer cor, desde que me leve rumo à felicidade!!!
Hoje estou focada em mim. Nos meus planos e roteiros.No que planejei e não deu certo. E no que aconteceu de bom, mesmo que eu não tenha nem sonhado...Pois é, né? A gente faz tantos planos, faz e acontece, grita e esperneia. E o que tem que ser, é.
Temos um grande aliado que é o nosso livre arbítrio. Nosso poder de escolha. Nossa grande responsabilidade. Mas quando chega a hora, ermorecemos, fracos e abatidos, por não sabermos que direção dar aos nossos caminhos.
Se acertamos foi porque somos espertos, infalíveis...se erramos, foi a vida que escolheu!
Pois é. Estamos sempre responsabilizando alguem pelos desacertos que acontecem com a gente por aí. Nunca erramos porque não estávamos preparados para viver determinada coisa. O bom emprego, o namorado bacana, a viajem dos sonhos...temos que estar preparados para quando a felicidade, a alegria, os bons momentos baterem à nossa porta. Esse é o grande barato de se ter essa experiência na carne.
Prosperidade! Felicidade! Saúde! Não são apenas palavras. São metas. Objetivo! Alvo!
Preparar-se para esses momentos tão gloriosos de felicidade é estar limpo de mágoa, arrependimento, insatisfação ou dor moral. Ter sempre em mente que somos nós os grandes detentores da felicidade, do bem-estar que acomete aos vencedores. Somos os únicos responsáveis por tudo, absolutamente tudo, que nos acontece.
Então, que paremos de justificar os nossos fracassos, acusando a vida de inércia. De sem graça. De banal. De sem propósito! Por que ela, a VIDA, é muito mais do que nossa pequena sapiência humana poderia entender. Ela é a nossa chave. Aquela que abrirá os portões da nossa conciência e dará uma nobre razão a essa existência.
Pois eu não estou aqui à passeio e certamente voce também não está. Desta forma, que possamos todos trabalhar na construção de um novo ser, com todas as possibilidades de evolução e com o único caminho: O do BEM.
Se conseguirmos, foi graças a nós. E se falharmos, também!
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Morre lentamente quem se deixa sem esperança, luz e proteção. Quem pela vida não luta. Não vai em frente. Vive de ilusão!
Morre lentamente quem não sonha. Não projeta. Não arquiteta planos.
Morre lentamente quem rumina mágoas, afrontas, remorsos. Quem não digere erros, enganos e lastima o que não viveu, porque estava em frangalhos, divididos ou vendidos ao desamor.
Morre lentamente quem olha para o chão. Vive de passado, albúm de retratos, palavras não ditas, sonhos que não realizou. Amor que não se fez!
Morre lentamente quem vê a tristeza como causa natural, inerente à nós, pobres mortais. Porque pior que ser infeliz é aceitar essa condição e deixar de lutar para trazer vida ao coração!
Morre lentamente quem se senta em frente ao fogo do paraíso, mas teima em não se queimar!
E voce, qual a sua maneira peculiar de se deixar morrer lentamente?
Homenagem para meus pequenos gigantes...meus filhos, Renan e Lucca.
Tem sempre alguém que gosta de fazer essa pergunta. E nossa tendência é mentir...
Mas se refletirmos e enumerarmos os anos que passaram - os que já não temos mais, veremos que somos a soma de cada um deles.
São tempos que pertencem ao passado. Se foram anos felizes ou não, bem ou mal aproveitados, se foram...Não mais os teremos de volta. Foi um tempo, que o tempo nos deu para crescer. Para que pudéssemos plantar as sementes escolhidas. Para sorrirmos na aurora de nossa vida e cantarmos as músicas que a gente queria ouvir. Às vezes ele, o tempo, foi dolorido, sem graça, outras tantas, foi sublime. Nos presenteou com uma bússola única: Nosso Coração. Esse só o tempo faz ficar grande, generoso ou não. Sempre valendo as nossas escolhas.
Que bom que as tivemos!
Agora que eles se foram, não podemos fazer uso deles. Só podemos aproveitar as lições que nos trouxeram cada um deles e responder:
-ESPERO TER MUITOS ANOS! TANTOS QUE NÃO PODEREI CONTAR...
Porque eles virão. Significarão os anos que me restam para viver, para buscar a felicidade, o conhecimento e desbravar a ventura de viver todos os dias que ainda terei, atenta, com coragem e paciência.
Depositarei nesses anos futuros toda a minha calma e a minha alma. Meus planos, desejos e esperança, para quando chegar o fim, poder dizer:
“FIZ TUDO COMO PLANEJEI. SE DEU CERTO, FOI GRAÇAS A MIM. SE ERREI, PACIENCIA, OS ANJOS NEM SEMPRE ACERTAM...”
Do mesmo modo que ele chega; terno, amigo, cúmplice, companheiro, ele se vai, por entre nossos dedos, escoando num ritmo lento, que tantas vezes não prestamos atenção.
Ele se vai numa frase dura, dita de qualquer maneira ou numa cena de ciúme infame.
Num olhar que se perdeu ao longe ou nas mãos que já não se alcançam mais e vazias, procuram novos destinos.
No apoio que não veio quando era o que você esperava.
Na data do primeiro encontro esquecida, colocada de lado, como se fosse uma memória inútil.
Nas lembranças dos dias felizes que não contam mais, se perderam no tempo.
No coração que não pulsa mais acelerado, quando o encontro é incerto.
Na emoção de comprar um presente sem data marcada e ficar apenas no desejo.
Não fazer valer à pena!
Não deixar o ritmo dos corpos ter a mesma cadência única e incomparável.
O amor se vai numa fração de segundos!
Quando percebemos, já era!
E não fazemos isso tudo por querer. Não é de caso pensado.
Acontece!
Não prestamos atenção no outro. Não escutamos o que ele tem a dizer. Não percebemos seus olhares perdidos, vagos, quietos, como se não pertencessemos mais ao mundo dantes compartilhado.
E o amor já era...
Ele, definitivamente, foi alegrar outros campos, outras eras.
Foi habitar outros sonhos, de mãos dadas com a vida. Buscar novos parceiros. Permear novos caminhos.
E você fica alí, sofrendo a angústia do fracasso, de não ter conseguido manter o amor cativo aos teus calcanhares enquanto vivia sua vida. Quando não crescia!
Enquanto permitia que teus dias passassem por passar...
Não priorizava seu próprio amor...e nem o amor próprio!
seu jeito de ser...
sua maneira de ver as nuaces da vida que se estendia diantes do seu olhar.
Ninguém é culpado quando o amor se vai. Pelo simples fato de que ninguém suporta uma relação unilateral.
Ele deixa uma porta aberta para o próximo amor, que juramos, que desta vez, será diferente! E sempre é...finalmente!
Quando olho pra trás, pela janela da vida, esfrego o olhar, deixo atentos os ouvidos, levo minhas memórias numa viajem sem arrependimentos. Mesmo porque deles não quero lembrar!
E penso que certos detalhes poderiam ter sidos evitados, outros teria feito diferente. Mesmo assim, com o olhar atento e coração aos pulos, enfrento a mim mesma...
E este enfrentamento é de amor e por amor. Sobre ele. Sobre como afeta a nossa vida. A realidade de meus dias, que foram amplos, claros e cristalinos, como os sonhos que não vivi. Como as frases que foram cortadas antes de amadurecerem.
Devo dizer a mim, porque de certa forma, só a mim interessa, que todas as vezes que deixei de dizer as minhas verdades, que não olhei nos olhos de quem amei e amo, deixei de ser eu mesma, pois o amor é para sempre. Não importa quanto de abrigo damos a ele, quanto acalentamos dentro de nós a ousadia de amar mais ainda.
Este viver que invade cada recôndito do ser, que te obriga a olhar pra dentro de si; que te exige apenas compreensão do amar do outro; que não pode cobrar reciprocidade. Apenas deixar ali e ser recíproco, se puder...
Matar a fome do amor, amando sempre...
Falamos tanto do tempo, transformando-o num inimigo feroz. Devorador de nossas melhores horas e um sarcástico amigo, quando vem a saudade...
Ah!!! Quando vem a saudade... essa dor que não dói, mas que vem tão pequena e se transforma numa chaga imensa com o passar dos minutos, quando o tempo escorre entre os dedos.
E o causador da saudade não chega, não vem, não invade nossa vida, fincando ali apenas sua bandeira e suas pegadas.
É imenso o amor.
E de repente ele chega sorrateiro, pisando de leve, demarcando teu poder transformador...E a gente acorda, ressurgindo das cinzas.
Cicatrizando as antigas feridas, sulcos abertos nas muralhas de nossos medos.
Quantas vezes evitamos a felicidade por medo de que, se a aceitarmos, ficamos dela refém. E não aceitaremos mais contar o tempo sem que ela esteja presente como uma água na colina.
E desta maneira, vamos indo, ao encontro tão esperado!
Sermos absurdamente felizes! Completamente dignos de sermos... felizes!
Diante de todas as dificuldades!
Diante de todos os nãos!
Diante de todas as cicatrizes!
Pois somente assim, estaremos inteiros para sentir o poder latente da vida que grita por si só!
Com voce eu aprendi a domar minhas emoções!
A não deixar transparecer o brilho do meu olhar, as mãos suadas, o calor d'alma.
Desaprendi o caminho que tracei para ser feliz!
Me avisaram que é melhor só do que mal acompanhada. E descobri que é verdade!
Caminhei sozinha na construção de nossa relação. E hoje te digo: Para mim, voce é passado. Que bom que acabou!
Vou me preparar para grandes novidades. Tirar do baú as memórias. Decorar a vida com mapas e roteiros de viagens. Retomar o tempo que passou, mas que não se perdeu.
Trazer a velha menina suada e cheia de risos que habitara, escondida, as entranhas dos meus sentimentos.
Ligar os sentidos!
Flertar com o desconhecido!
Brincar de ser contente!
Buscar as sementes que germinaram sem que eu tomasse conhecimento.
Cantar em prosas os versos que criei.
Molhar meu jardim...
Me excitar com os toques suaves das ventanias em mim e navegar o mar tão sonhado.
E alí, junto à areia morna, nos braços morenos do luar, escutando os louvores que o vento rescita, amar o amor que desabrochou, enfim!
Eu quero mais sexo. Sexo amoroso e carnal.
Quero dançar e cantar mais.
Quero presenciar mais amanheceres na praia. Ver a lua descer e o sol ressurgir intenso, claro, como a agua desse mar...
Quero viver a vida plenamente. Sem arrependimentos, muito menos renúncias.
Quero gargalhar por causa das piadas, principalmente as que minha irmã, magistralmente, me conta, todas as vezes que nos vemos.
Quero liberar minhas energias que tantas vezes trancafio no sótão da normalidade em que me coloco. Por medo. Por loucura. Por insensatez.
Quero dar uma de doida...
Quero faz-de-conta. Pique-se-esconde, alto, baixo, com mão-na-parede...lembra?
Quero paz na vida e entre os homens.
Quero mais grana, mais gana, menos honrarias.
Quero tanto e tão pouco!
Quero somente o que eu tenho direito. A minha parte do galardão.
Não quero solidão. Quero movimento. Marés altas. Ondas grandes e muitos papos.
Não quero lágrimas. Só as de tanto rir.
Não quero falsos amigos, se é que amigos podem ser falsos...
Não quero jóias. Pensando bem, não as quero de jeito nenhum. Quero eu, me enfeitar!
Não quero tesouros. Quero recordações, cartas, fotos.
Não quero malas. Já bastam os meus medos...
Quero ter opinião própria. Minha visão. Ouvidos de ouvir, como minha mãe já dizia...
Quero ser tantas mulheres que eu conseguir. Uma por dia. Para não cansar quem comigo convive.
Ter várias faces e ser a mesma de sempre!
Quero que conte comigo. E que eu possa contar contigo.
Quero estar aqui. Plenamente inteira à espera de grandes novidades...
E voce, o que quer?
Ei, vem devagar com o andor que o santo é de barro!
Nada de vir com advertências! O caminho é meu. Eu é quem tenho que trilhá-lo!
Nada de colocar obstáculos por aqui, pois vencerei todos. Nada me impedirá de voar!
Pode ir parando por aí...
Minhas experiências são únicas. São minhas. Só eu poderei experimentá-las!
O sabor do mel ou do fel, só eu saberei.
Nada de vir colocando frases feitas em minha boca...Palavras são palavras, apenas, amenas, pequenas. O que sobra são o que elas deixam inteiras. Poderosas que são, destróem onde caem. E na minha cabeça, nem vem...que não tem!
A dor e a cor dos meus sonhos, só eu poderei distinguir...
E no fim do caminho, da viajante cansada, só os louros das vitórias, para quem aprendeu que a maior de todas as lições sempre foi e será:
A de vencer a si mesma!
A vida é breve demais! termina num estalo...
Devemos, sim, vivê-la com paixão e entrega, lembrando sempre que a colheita é certa.
Se plantar ventos colherá tempestades!
Pois, então, que plantemos amigos, amores, afetos e flores.
Que possamos conquistar a vida e ter um caso de amor com o tempo!
Trazê-lo para o nosso lado...
Fazer dele nosso aliado.
Deitarmos juntos no verde da esperança e contar as estrelas que ainda faltam brilhar no céu das nossas noites...
Justificar nossos erros e acertos. Porque só acerta quem coleciona tentativas. Só vence, quem dá o primeiro passo. E o último justo somos sempre nós mesmos, caminhando e travando guerras entre o Ser e o ter.
Nos ensinaram, nossos Pais e Mestres, que vale muito mais SER do que TER. E aí vai tantas divagações...
SER leal e justo?
SER humilde e fraterno?
SER filho do amor e cumplice do tempo? ou
TER afeto e senso de justiça?
TER coragem?
TER fé e esperança?
Tais e tantas reflexões!
Num complexo experimentar de emoções, que no fundo só pretende perpetuar nossa memória. A de quem fomos. A do que vivemos. Plena e intensamente, fechando o círculo poderoso do amanhã!
Só uma palavra me devora... aquela que o meu coração não diz!
Não diz por covardia...
Por receio de não ser compreendida.
A palavra que cala, se perde no silencio singular da hipocrisia.
Se veste de fantasia para mergulhar no nada!
A palavra que não é usada para unir, dissolver nódulos da ignorancia e desvendar a verdade, se perde do que é humanamente esperado por nós, que estamos em busca de paz!
A palavra que vira sussurros e se esconde nos vãos dos não-sei-quem-disse, das inverdades inglórias, que só prejudica, felizmente com o tempo escoa por entre ouvidos surdos, como a água da montanha.
Só uma palavra me devora...aquela que o meu coração não diz. Cala-se. Preparando-se para nada esperar. Somente o vazio que vou construindo com minha covarde mania de estar além. Além do que sonhei alcançar!
Um dia de repente, o susto.
Quem é?
De onde tirou essa sensibilidade?
E me detive por ali, pensando...
Será verdade?
Arrisco um convite? Bem, foi o que fiz.
Arrisquei e me surpreendi com a rápida resposta. E do susto, passei para o entusiasmo com a mesma velocidade.
Adorei tudo.
Comentários.
Depoimentos,
Sensuais, sedutores, inteligentes, versáteis, suspeitos e que, aos poucos, viraram tão reais...
Como os fatos de minha vida!
Que a partir de então...
Coloriram-se num arco-íris vibrante de sons e luzes.
Arrisquei de novo, um “Eu te amo!” que estava preso na garganta, com medo - sempre o medo – de sair mundo a fora, sem medo do efeito em mim.
Foi como se rompesse um dique, represado há tanto tempo e por tantos motivos.
Eu te amo!
Uma frase de efeito?
Nada...
Uma lição de quem não sabia nada de mim. Nem sei ainda se sabe a extensão disso.
Mas, foi.
Como um rompante.
Uma explosão de meus sentimentos.
Se fechasse os olhos veria as cores múltiplas desta expressão.
Eu te amo!
E este amor movimenta meus braços na direção de um abraço teu.
Meus olhos em busca do teu olhar...
Meus passos, em busca dos sonhos...
Minhas orelhas, que esperam sua voz...
Meu viver que parece parado sem você!
Vida nova. Sonho novo.
Uma caminhada sem tréguas... constante em busca da própria recriação.
Só para ser cada vez melhor, para ser só de você.
Para que ser feliz seja apenas uma rotina.
E a crença, em uma felicidade inédita, tomava forma e ensaiava numa nova oportunidade. Para ser. Para estar.
Eu te amo!
E basta a mim amar você. Me tornando um epílogo de sua vida. De seus projetos, habitando assim contigo e por você uma nova era, onde impera o nosso ser.
O meu e o seu viver!
Minha velha Infância (nem tão velha assim)
Quando eu tinha uns 5 anos, estava de férias em casa de minha irmã Olga, aqui em Vitória.Mas eu morava com meus pais e outros muitos irmãos em Cachoeiro de Itapemirim, minhaterra natal. Em frente a casa de minha irmã, morava uma menina, que já não me recordo o nome e, na véspera de natal (acho que por isso não gosto de natal), ela havia ganho uma boneca linda,que andava e falava “papai e mamãe”.
Eu achava aquilo o máximo!
Era meu sonho de consumo ter uma boneca como aquela.
E não queria mais voltar para casa. Queria só saber da boneca, que ela, minha amiguinha, às vezes , deixava eu brincar. Pegar no colo, ligar e desligar...
E minha mãe, num determinado dia, veio me buscar. Nossa, pra mim foi a morte. Chorei tanto...
E disse que eu não ia de jeito nenhum!
Então, ela, aproveitando-se de minha ingenuidade infantil, deu a última cartada:
- Ah! Você não vai, não? Então eu vou dar a boneca “Amiguinha”, que eu e seu pai compramos pra você, para a filha da vizinha!
Eu, quase morrendo, com o coração aos pulos, gritei:
-Mãeeeee, você comprou minha boneca? Meu Deus, que felicidade! Vamos logo, mãe...Ela deve estar louca de saudade de mim! Vamos, Vamos!
E assim, fomos nós, aboletadas num ônibus, que demorou uma eternidade para percorrer aquelas 4 horas de viagem. Horas intermináveis que me separavam de minha filhinha. A toda hora eu dizia, lá dentro do meu coração: - Calma, filhinha, mamãe já está chegando!
Qual não foi a minha surpresa ao chegar em casa e descobrir que a minha filhinha muito amada, desejada, sonhada, não passava de um “Parapedro” de plástico duro, sem graça, com uma roupa horrível e uma chupeta pior ainda na boca.
Isso não se faz com uma criança. Não se faz com ninguém. Até hoje dói relembrar desta traição de minha mãe. Depois, ficou tudo bem. Brinquei muito com meu boneco de plástico e fui feliz, mesmo assim!
Por isso sou assim, avessa a promessas que não sei se terei condições de cumprir!
Nossa! Difícil isso...até porque vejo magia em tantas coisas! Mas, vou como Jack, por partes:
*O nascer de uma criança; O afago de quem se ama; O entardecer na praia; Um dia de sol depois da tempestade; A paixão que nasce num primeiro olhar; Os acordes de uma música; As cores do arco-iris... *Mágico, mágico mesmo, é sonhar e ver o sonho desenvolver-se até o fim.
Os 10 Blogs que indico: