terça-feira, dezembro 21

FELICIDADE AOS PEDAÇOS

 
Olhando pra trás, detendo-me pelos caminhos que trilhei, vejo-me coberta de felicidades.
Umas, ganhei de presente, outras tantas, me foram conquistadas.
Chorei sim. Sofri sim. Debati-me em ondas poderosas em mares profundos, nunca dantes navegados. Mas, saí inteira. Melhorada. Como uma pedra preciosa que precisa ser polida para ter valor.
Vi, algumas vezes, observando da janela, outras tantas vivenciando , que a felicidade é "apenas e tão somente" esses momentos. Que como uma colcha de retalhos ela é feita de pedaços.
Pedaço daquele dia, quando com a cabeça no colo de minha mãe, recebendo aquele carinho, ela me contava as estórias de sua meninice. Das suas travessuras. Lágrimas e sorrisos.
Pedaços de meu primeiro ano escolar, de uniforme de saia pregueada, primeiro caderno onde escreveria minhas primeiras letras.
Pedaços de cada Natal em família, comendo rabanada, onde todos ainda estavam presentes.
Pedaços do primeiro amor. Que doeu. Que sangrou. Que chorou, de tanto que foi bom!
Pedaços das viagens de férias para a praia de Marataízes, da melancia comida aos pedaços, dos cachos de uvas graúdas. Do meu pai.
Pedaços de estórias de casa mal-assombrada que meu irmão me contava, nas noites frias, embaixo das cobertas, para me assustar e querer me esconder do bicho-papão.
Pedaços dos primeiros passos em busca de Deus. Minha catequese. Minha primeira oração.
Pedaços da formatura do colegial. Do time de Handball. Das fugas da escola, para namorar. Das notas boas. Dos Mestres. Do tempo...
Pedaços da Nanna que acreditava que tinha ousadia para sonhar...
Pedaços da Nanna que iria ganhar o mundo.
Pedaços do tempo que o tempo desfragmentou...
Eu ainda costuro a colcha de retalhos da felicidade e assim farei até não ter mais força para reiventar o tempo, e ele então, fatidicamente, der o ultimo suspiro.
Ainda assim terei minhas lembranças!

terça-feira, novembro 16

NOVEMBRO



Medimos o tempo em horas que se foram, esquecendo que o tempo acumulado em nós, não poderá mais
modificar o que vivemos.

Tempo que criamos e que nos transforma no que somos, por dentro e por fora. Nos angustiamos por sua perda e mesmo assim ele continua escorrendo por entre nossos dedos, como um manancial de oportunidades que se vão sem ao menos termos conciência.

Bom seria se pudéssemos parar de contá-lo. Apenas  nos aproveitarmos dele, usá-lo sem medidas e com ele vivermos um caso de amor. Sem parâmetros ou condições.

sexta-feira, outubro 15

MINHA PRIMEIRA PAIXÃO




O ar me faltava toda vez que via aquele menino, que eu achava lindo, embora minhas amigas dessem gargalhadas, moreno, de cabelos desgrenhados e calças jeans surradas, chegar ao colégio.

Meu coração dava saltos ornamentais, sugerindo uma síncope toda vez que ele dirigia os olhos em minha direção, sem me ver. Afinal, eu talvez não fosse o protótipo de "mulher" com quem ele sonhava.

Era magrela demais e tímida igual. E sonhadora. Sempre questionava: Porque será que ele nasceu?

Para me tirar a alma?

Para florescer em mim a primeira decepção amorosa?



Ou simplesmente para que eu percebesse a minha própria existência?

Eu merecia o amor daquele menino, nem tão lindo assim...

Nós (eu, ele e os amigos dele!) sempre pegávamos o mesmo ônibus para ir e voltar da escola e eu sempre me sentava atrás dele. Fazia sempre questão disso...

Ficava com o olhar fixo em sua nuca, em seus cabelos negros e me acalmava. Ele estava sob controle. Dos meus olhos.

Depois de um dia cheio de pensamentos doloridos me acalmava olhando seu perfil plácido. Desligado. Fixado nas imagens que se seguiam diante daqueles olhos, que eu queria tanto que me vissem. O percurso era curto, mas o tempo era longo...

Meu coração passava a bater, novamente, descompassado quando via que estava próximo do seu ponto. E ele desceria rua abaixo. Sumiria de minhas vistas para só renascer na manhã seguinte, onde eu receberia minha alma de volta e já poderia voltar a respirar de novo. 



E você? Qual foi sua primeira paixão?

sábado, agosto 28

UMA CARTA MINHA, PARA MIM



                            Querida Vida,

A vela de tua nau está tremulando à convite de novos ventos, aqueles, que sempre insistiram em movimentar as águas do teu oceano.

Vejo ao longe, já com o sol à pino, o levante do teu olhar, que de tão insistente, cativa o futuro, envolto que está, em sonhos e delírios de portos não tão seguros assim.

Mas, te vejo ao longe entre brumas e espumas, cantando e escrevendo letras que só mesmo a sereia que habita o teu íntimo poderá declamar.

Estanco-me diante do infindável destino que nos espera, imponderável, a nos sofismar as leis que driblamos na tentativa fugaz de exercer o poder de amar, somente amando.

Vejo você.

Olho na direção do teu olhar e vejo um mundo, livre, liberto, feliz a te esperar de braços abertos.
E você, segue firme em teus propósitos.

A nau, já no porto.
Velas içadas, rumo ao vento norte à caminho da imensa e inesgotável virtude de ser feliz.


Tenho por ti, o que de melhor há em mim!
 
ATENÇÃO: ENCONTRO DE BLOGUEIRAS NO ESPÍRITO SANTO!



quinta-feira, agosto 5

HOMENS SÃO SERES ENGANADORES?




Bem, tenho muitas amigas que dizem que sim. Questionam sempre a dualidade nas personalidades masculinas que atravessam seus caminhos. Chegam, mesmo a sentir-se enganadas, ludibriadas nas suas interpretações sobre eles.

Se dão ao luxo de tentar!!!

Nos primeiros encontros todos, homens e mulheres, na minha singela opinião, tantas vezes constatadas, se vestem de pavão. Colorem uma cena aqui outra acolá. Com o propósito de conquistar. Uma fantasia onde os problemas são nenhum e as belezas, tantas. É assim desde sempre, vivemos das aparências. Além da física, também a moral.

Todos somos flexíveis como o bambu, à primeira vista. Depois mostramos nossa verdadeira cara. Fazemos gênero e brincamos de gente grande, centrada, coesa, sem nenhuma intransigência. Afinal o momento agora é de conquistar. Precisamos causar impacto. Tentamos ser diferentes. Sendo exatamente iguais.

Se falamos a "nossa" verdade, assustamos o outro. Não há muitas pessoas interessadas nisso, porque, na verdade, estamos buscando nosso príncipe ou princesa encantados. Quando descobrimos que os tais não passam de sapos, levamos um baita susto.

Quem mandou procurar fantasia?

A vida real é multifacetada, assim como os seres que a habitam. O que é bom para mim, pode não ser para você, ou vice-versa. Está mais do que na hora da gente abandonar os velhos clichês e percebermos que o ser está em contínuo processo de transformação. Cada qual com as suas.

Então vamos procurar gente de verdade, de carne, ossos, defeitos e qualidades e colocarmos em nossas cabeças, definitivamente, que para abrir um presente, muito bem embrulhado, é preciso rasgar a embalagem. E a surpresa fica por conta de cada expectativa sua. As que você mesma criou. Sua responsabilidade.

Homens e mulheres, enigmas que se traduzidos em sua sincera essência não causarão assim tanto furor. E é melhor que seja assim mesmo. Afinal, quem agüenta viver numa corda bamba por muito tempo? As máscaras sempre caem com a convivência. Ainda bem que temos alguma chance!!

Quem não tiver nenhum pecado, que atire a primeira pedra!!


ATENÇÃO: ENCONTRO DE BLOGUEIRAS NO ESPÍRITO SANTO!

segunda-feira, julho 26

ENCONTRO DE BLOGUEIRAS



Oi, meninas.
Estou com essa ideia martelando na cabeça há tempos, até porque, "alguém" fica me ligando quase todo dia e dizendo "sai de casa!", "vai conhecer gente nova, gente inteligente", "fazer amizades", e etc.
Ai, mãezinha do céu, e aqui estou eu.
Quero divulgar a ideia e tentar realizar um encontro para mulheres que tem blog, não só as que moram no estado, mas realizá-lo aqui, no Espírito Santo!
Mas cuidado, quem dessa água bebe, volta! (khihihihi). 
Pensei em personalizar com um título mais adequado e quero opiniões.
Algo como:  Blogueiras de Salto,  Meninas do Blog, Muheres Blogueiras...

Dêem sua opinião e, quem quiser participar, avise, vou criar um SELO para o encontro, assim que notar algum interesse do público alvo e repassarei .

Beijos, beijos e obrigada pelo incentivo!
Fiquem com Deus!

terça-feira, julho 6

EMBRULHEI MEU CORAÇÃO PARA PRESENTE


Desde sempre foi assim...achava que meu coração poderia ir com laço de fita e papel importado.
E foi assim que sempre o ofertei. Com essa condição: Amor é presente.
Pode até ser que vire passado, como tantas vezes virou, mas é presente. Que se oferta assim, de braços abertos, sem lágrimas nos olhos.
Apenas um doce tremor de mãos, receosas até, de que alguem, em algum lugar, poderia devolvê-lo, sem ao menos ter tido a delicadeza de desdobrar o papel, carinhosamente.
Eu dei meu coração. Presenteei alguem com minha dedicação e confiança. E recebi de volta, um embrulho lindo, cheio de flores e perfumes, cartas e poemas, luz e alegria, toques e aconchego, colo e mãos.
Nele estava um mundo colorido, onde me encontrei preenchida de espectativas.
Amparada pelo braço forte e palavras firmes.
E fui feliz...tive motivo para viver! Minhas palavras, finalmente, haviam encontrado eco e se propagavam pelo estado inconciente dos meus sonhos mais profundos. Eu era correspondida na mais perfeita das relações e poderia sim, alçar o meu vôo em busca do paraíso tão esperado.
O presente lindo, tão bem embrulhado, ia sendo aberto aos poucos...solenemente, com todo o respeito.
Cada dia era especial. Ele existia em mim e eu nele!
 E para abrí-lo usava minhas emoções, controlando o impulso de rasgá-lo de uma vez só. Pra vislumbrar o que havia de mais puro a ser lapidado. Que jóia havia alí? Que palavra poderia eu usar para descrever tudo aquilo que sentia, quando uma parte dele era revelada?
Quando ouvia um tom a mais no som de suas palavras...que retumbavam aos meus sentidos; eu tremia.
Só que contra o tempo não há quem possa...a vida me deu esse presente lindo e derepente, sem me perguntar se podia ou se devia, não me deu chance de abrí-lo completamente.
É melhor que seja assim...pra ficar na memória como um paraíso visitado, nas férias de julho.
Ou em qualquer primavera de outubro, sem retóricas, só lembranças de quem ousou sonhar com a felicidade num dia qualquer onde a esperança andava desmedida e a confiança precisando de reforço.
O presente não foi aberto. Porém, o meu coração foi embalado por cantigas lindas de ninar, colhidas uma a uma em forma de espiral, onde posso ainda ouví-las em segredo que só eu conheço.
E ainda posso lê-lo nas entrelinhas de um poema escrito nas nuvens ou caminhando por alguma praia, onde o sol ainda não nasceu; O som de tudo que eu ouvi ainda poderão curar minhas tristezas quando a chuva molhar a minha janela, que está embassada por causa de minhas lágrimas, que mesmo sem perceber, escorrem fácil pela minha face tantas vezes beijada.
E é por causa dessas benditas lágrimas que exorcizo a dor e alivio minha alma, que pulsa, pulsa, pulsa e finalmente molha meu sorriso.












quinta-feira, junho 24

O QUE VOCE QUER ?

Eu quero mais sexo. Sexo amoroso e carnal.
Quero dançar e cantar mais.
Quero presenciar mais amanheceres na praia. Ver a lua descer e o sol ressurgir intenso, claro, como a agua desse mar...

Quero viver a vida plenamente. Sem arrependimentos, muito menos renúncias.
Quero gargalhar por causa das piadas, principalmente as que minha irmã, magistralmente, me conta, todas as vezes que nos vemos.
Quero liberar minhas energias que tantas vezes trancafio no sótão da normalidade em que me coloco. Por medo. Por loucura. Por insensatez.

Quero dar uma de doida...
Quero faz-de-conta. Pique-se-esconde, alto, baixo, com mão-na-parede...lembra?
Quero paz na vida e entre os homens.
Quero mais grana, mais gana, menos honrarias.
Quero tanto e tão pouco!

Quero somente o que eu tenho direito. A minha parte do galardão.
Não quero solidão. Quero movimento. Marés altas. Ondas grandes e muitos papos.
Não quero lágrimas. Só as de tanto rir.

Não quero falsos amigos, se é que amigos podem ser falsos...
Não quero jóias. Pensando bem, não as quero de jeito nenhum. Quero eu, me enfeitar!
Não quero tesouros. Quero recordações, cartas, fotos.
Não quero malas. Já bastam os meus medos...

Quero ter opinião própria. Minha visão. Ouvidos de ouvir, como minha mãe já dizia...
Quero ser tantas mulheres que eu conseguir. Uma por dia. Para não cansar quem comigo convive.

Ter várias faces e ser a mesma de sempre!
Quero que conte comigo. E que eu possa contar contigo.
Quero estar aqui. Plenamente inteira à espera de grandes novidades...

E voce, o que quer?

quarta-feira, junho 16

APARIÇÃO DIVINA

Outro dia, me perguntaram como eu encontro Deus...
refleti, na oportunidade, sobre o tema. E recordei de quase todos os ensinamentos que tive em minhas aulas de catecismo.
Com todo respeito: Que não me acrescentaram quase nada. A única coisa que marcou foi o TEMOR A DEUS.
E depois de todo esse tempo, descobri que no fundo eu NUNCA O temi, pois Ele sempre se mostrou muito amável comigo.
Os anos passaram numa velocidade surpreendente, infelizmente, e eu tive meu encontro com a Doutrina Espírita. E isso foi crucial em minha vida. Foi fenomenal!!!
O Espiritismo me trouxe de volta o Deus Pai que sempre habitou os esconderijos de minha alma. E não digo isso por causa de religião. Digo por conta de minhas convições.
Sempre vi Deus como um Pai presente, de braços acolhedores, sorriso franco e um olhar
de amor. Ele também poderia ser uma boa mãe, uma boa filha ou filho, um bom parceiro ou um desconhecido.
Deus pode estar sob várias caracterizações. Afinal, Ele é Deus e pode TUDO!
Pode aparecer vestido de qualquer cor, credo ou posição social.
Pode chegar trazendo lágrimas e desespero para nos fazer olhar para baixo, para os lados, quando tudo o que queremos era estar confortavelmente instalados numa vida boa.
Ele também traz conforto, alegria e bem-estar.
Só que isso não vem de graça. tem que haver esforço e dedicação.
Mas, pensando bem, procuro Deus sempre no meu próximo.
Naquele que bate em minha porta, justamente, naquele dia em que não temos quase nada para dar.
Vem como desafio. Como teste de solidariedade.E aí nunca nego! Pode ser um enviado Dele.
Em outras me aparece numa pessoa que precisa de minha atenção, naquele momento em que estou a mil por hora. Colocando-me à prova, mais uma vez. Nem sempre consigo, mas sempre tento, pois pode ser Ele.
Minha mãe, sabiamente, me dizia: PROCURA E ACHARÁ!
Pois é. Sempre encontro este Deus maravilhoso em Quem acredito, em todos os lugares e momentos de minha vida.
E, podem acreditar, sempre O encontro!!

sexta-feira, junho 4

FALAR DA PESSOA QUE AMO




Falar da pessoa que eu amo, é ler um livro em braile, é sentir para saber.
É falar do olhar ainda não lapidado, que nos faria Julgá-la de forma incompleta. Ela, mais do que aquele lindo sorriso, da inocência de filha caçula, dos movimentos sensuais ao sair do mar. É preciso sentir o calor que ela emana, a vibração que suas palavras provocam ao ouvido atento, é o conforto de ver chegando perto o eternizar de um suspiro momento.
Falar da pessoa que amo, é reconhecer bondade, é ainda ter fé na humanidade. É a alegria de uma manhã de chuva, da nostalgia de se manter na cama numa tarde ensolarada. É falar da goteira silenciosa em nossas vidas, insistente em não ser fechada.
Falar da pessoa que amo, é o carnaval fora de época, é o tempo em euforia. É dançar enquanto anda, é cantar enquanto cozinha. É amar enquanto se vive, é aprender com o próprio limite. É falar de medos que nos acorrentam como elefantes, é ter moralidades, sabores, segredos e nuances.
Falar da pessoa que amo é o silêncio da madrugada, do sono que foge para Paris e não volta a telefonar. É a intranqüilidade do momento, é não viver de pensamentos, é comer sem preconceito, é beber sem exageros. É rebeldia almejada em corpo moldado. É a coceira de um stress apunhalado, é o vermelho na cara de uma boa risada, é beleza numa frase sussurrada.
Falar da pessoa que amo é padecer no paraíso, com vista para o mar, um beijo sem aviso, juntar tesão e amor no mesmo orgasmo. É falar das lágrimas numa poesia recitada, com felicidade ao fim do dia, com amor no coração cheio, por ser tantas vezes, mulher, menina e fada.
Falar da pessoa que amo...é amar esse amor! 


ATENÇÃO: ENCONTRO DE BLOGUEIRAS NO ESPÍRITO SANTO!

quarta-feira, maio 19

VENTO SUL

Hoje está uma ventania daquelas.



Que delícia! Um bálsamo nesse outono tórrido, de calor escaldante.


ver as arvores balançando, o tremor das vidraças, é bom por demais.


Aqui na minha cidade só faz frio quando o vento sul tá pocando. É, po-can-do!


Sou capixaba, bem!


Daí a galera só reclama:


Ah! odeio esse vento!


Ah! nem dá para pegar uma praia!


Estamos sempre reclamando de tudo. Se o vento não sopra, morremos de calor; se sopra, blasfemamos.


Esses somos todos nós, que na fartura sempre esquecemos de agradecer.


se bem que a D. Natureza anda radicalizando geral. Porém, temos conciência (alguns) que somos grandes colaboradores dessa desorganização climática.


Pois bem, voltando ao vento sul...


Ele me reporta a um lugar bem refrescante do passado. Os meus 15 anos. Quando me mudei aqui para esta cidade serrana. Nunca havia sentido frio na vida. Morava numa outra cidade, no interior do meu Estado, que pegava fogo o ano inteiro.


Sentir frio para mim era a novidade do século.


Dormia como um anjo e acordava cheia de vontade de viver. Tão bom isso!


Eu poderia sempre olhar para todos os acontecimentos da vida, como olho agora para essas arvores que tremulam, envergam, mas não quebram.


E me pergunto:


Que problema tenho eu que possa derrotar esta ventania?


Vou envergar várias vezes durante a minha passagem por aqui, mas não serei derrotada pela fraqueza, nem pelo medo. menos ainda, pela indelicadeza de não elevar meus olhos ao Alto e agradecer, pia e diariamente, ao Nosso Criador por todos os ventos, ventanias ou vendavais que mudarem o rumo das velas do meu barco da vida.














terça-feira, maio 18



Teus Olhos!





É Possível saber o pensas Que, Somente te olhando


É ver Possível Que me desejas


É Possível Queres ver-me Tão para ti


É Possível Que eu veja Como VOCÊ me protege


Vigia-me


Persegue-me


Somente com TEU Olhar ...


E QUANDO Encontra então o Meu ...


segurar Ninguém PoDE


Ninguém ira AFASTAR


Ninguém ira me Tirar


Esse Sentimento Que cultivei


E Todas Como Noites Que Não te Beijei


Nem te abracei.


Seras semper n.


Guardado NA Minha Lembrança.


Vou Passar o resto dos Meus Dias


Olhando sorrir VOCÊ ...


Coisa Que eu Faço Já


Pois o amor me Permite, de tê-lo


Permite, de-me vê-lo


E senti-lo hum metro de distancia


Pois em qualquer circunstancia


Seu Olhar ESTÁ lá


Sempre me procurar hum ...


E estarei Aqui ...


Sempre com Sonhar com o dia Uma Que Vou Estar VOCÊ!


sexta-feira, maio 14

O BOM DE VIVER ♥

Quando eu era criança sonhava em receber mesada dos meus pais.
Achava que com aquele dinheiro realizaria todos os meus sonhos e seria dona do meu nariz.


Só que cresci e a mesada não recebi!!


Mas, realizei alguns dos meus sonhos. os mais importantes. Constituí uma  família linda e estamos construindo nosso lar...


Porém, os sonhos continuam nascendo e crescendo dentro de mim, fazendo-me querer sair por aí, sem lenço e com todos os documentos, para o caso de uma blitz policial, montada num alazão chamado GOL
que pode ter qualquer cor, desde que me leve rumo à felicidade!!!

quarta-feira, maio 5

MEU NOME É FELICIDADE!!


Faço parte da vida daqueles que tem amigos, pois ter amigos sinceros é ser Feliz!
Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva, por isso chamado presente.
Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do Amor, que acreditam que para uma história bonita não há ponto final.
Eu sou casada sabia? Sou casada com o Tempo.
Ah! O meu marido é lindo! Ele é responsável pela resolução de todos os problemas. Ele reconstrói corações, ele cura machucados, ele vence a Tristeza...
Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos: a Amizade, a Sabedoria, e o Amor.
A Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera, alegre. A Amizade brilha como o sol. A Amizade une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar.
A do meio é a Sabedoria, culta, íntegra, sempre foi mais apegada ao Pai, o Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!
O caçula é o Amor. Ah! como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar...
Eu vivo dizendo: Amor, você foi feito para morar em dois corações, não em apenas um.
O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo! Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o pai dele, o Tempo, e aí o Tempo sai fechando todas as feridas que o Amor abriu!
Uma pessoa muito importante me ensinou uma coisa: Tudo no final sempre dá certo, se ainda, não deu, é porque não chegou o final.
Por isso, acredite sempre na minha família. Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e, principalmente no Amor.

quarta-feira, abril 28

O QUE TEM QUE SER, SERÁ!


Hoje estou focada em mim. Nos meus planos e roteiros.No que planejei e não deu certo. E no que aconteceu de bom, mesmo que eu não tenha nem sonhado...Pois é, né? A gente faz tantos planos, faz e acontece, grita e esperneia. E o que tem que ser, é.

Temos um grande aliado que é o nosso livre arbítrio. Nosso poder de escolha. Nossa grande responsabilidade. Mas quando chega a hora, ermorecemos, fracos e abatidos, por não sabermos que direção dar aos nossos caminhos.

Se acertamos foi porque somos espertos, infalíveis...se erramos, foi a vida que escolheu!

Pois é. Estamos sempre responsabilizando alguem pelos desacertos que acontecem com a gente por aí. Nunca erramos porque não estávamos preparados para viver determinada coisa. O bom emprego, o namorado bacana, a viajem dos sonhos...temos que estar preparados para quando a felicidade, a alegria, os bons momentos baterem à nossa porta. Esse é o grande barato de se ter essa experiência na carne.

Prosperidade! Felicidade! Saúde! Não são apenas palavras. São metas. Objetivo! Alvo!

Preparar-se para esses momentos tão gloriosos de felicidade é estar limpo de mágoa, arrependimento, insatisfação ou dor moral. Ter sempre em mente que somos nós os grandes detentores da felicidade, do bem-estar que acomete aos vencedores. Somos os únicos responsáveis por tudo, absolutamente tudo, que nos acontece.

Então, que paremos de justificar os nossos fracassos, acusando a vida de inércia. De sem graça. De banal. De sem propósito! Por que ela, a VIDA, é muito mais do que nossa pequena sapiência humana poderia entender. Ela é a nossa chave. Aquela que abrirá os portões da nossa conciência e dará uma nobre razão a essa existência.

Pois eu não estou aqui à passeio e certamente voce também não está. Desta forma, que possamos todos trabalhar na construção de um novo ser, com todas as possibilidades de evolução e com o único caminho: O do BEM.

Se conseguirmos, foi graças a nós. E se falharmos, também!


domingo, abril 18

FALANDO SÉRIO...





Tantos antes de nós lutaram pela liberdade...

Aquela em que podíamos ser e fazer o que nos desse na telha. Liberdade de escolher nossas lideranças políticas, nossos estatutos, conselhos e códigos. A de ir e vir.

A liberdade sexual e a de imprensa.

Continuamos essa luta até que a conquistamos. E agora?

Já conquistamos a dita cuja. E aí?

Pudemos escolher nosso Presidente e aceclas; escolhemos ou não nossos parceiros sexuais, pois agora, já temos a pílula anti-concepcional, camisinha e demais aparatos para evitar filhos e doenças sexualmente transmissíveis.

Por quem ou porquê lutaremos agora, já que, supostamente, somos cidadãos livres?Onde caberá a força da palavra LIBERDADE?

Nos metros quadrados de nossa financiada moradia à perder de vista?

Conquistamos sim, nossos direitos civis. Porém, e o nosso direito de mudar, de projetar um futuro diferente do que os outros esperam? Podemos nos aproveitar desse gancho e chutar o balde? Pedir demissão de um emprego seguro e ser hiponga em Porto Seguro, sem que nos internem num hospício?

Podemos tentar educar nossos filhos sem ter que inventar um super-herói e parecermos seres humanos em construção, cheio de erros e tentativas de acertos?

Podemos ter essa vida social certinha, mas ter um bando de sonhos malucos para realizar?

Onde colocamos em nós essa fada danada, chamada liberdade, que não a vemos mais estampada
em lugar algum?

Somos todos livres para buscá-la. Só que não temos mais esse motivo para lutar...Nos esquecemos disso!

Creio que teremos que ressuscitar os bichos-grilos para que a palavra Liberdade continue seu grito por conquistas e que não seja mais um slogan do passado!

terça-feira, abril 13

POR UM TRIZ




Ontem, por um triz, não atendi o último toque do telefone. Ainda bem, era a pessoa mais invasiva que eu conheço. E isso não é falta de caridade. É caridade comigo. Afinal, era domingo de Páscoa. Dia lindo, regado à torrone de castanha e passas, já que não sou nem um pouco chegada a chocolate. Acredite se quiser!

Voltando ao assunto do telefonema, por um triz não atendi aquela ligação. Me livrei de ficar horas ao celular, com as duas orelhas queimando, numa conversa inútil.

Porque as pessoas não perguntam se estamos com vontade de conversar? Ligam e blá, blá, blá...

Agradeci ao meu anjo da guarda por não ter atendido.

E fui por esse caminho, pensando em como o "quase" pode alterar o nosso destino.

Pessoas quase ganham na mega sena toda semana. Mas, quase acertar não é nada. Porém, elas sempre acham que a sorte está se aproximando.

Quase passam no vestibular ou em concursos públicos.

Quase encontram seus amores nos elevadores, cinemas, avenidas.

Há se aquele sinal não tivesse fechado, a gasolina acabado, o relógio atrasado.

Tudo poderia ter sido diferente se não fosse o "quase" a nos iludir e preparar para outras batalhas. Afinal, o "quase" ajuda a gente a ficar mais esperta da próxima vez!

quinta-feira, abril 8

MORTE LENTA

Morre lentamente quem se deixa sem esperança, luz e proteção. Quem pela vida não luta. Não vai em frente. Vive de ilusão!

Morre lentamente quem não sonha. Não projeta. Não arquiteta planos.

Morre lentamente quem rumina mágoas, afrontas, remorsos. Quem não digere erros, enganos e lastima o que não viveu, porque estava em frangalhos, divididos ou vendidos ao desamor.

Morre lentamente quem olha para o chão. Vive de passado, albúm de retratos, palavras não ditas, sonhos que não realizou. Amor que não se fez!

Morre lentamente quem vê a tristeza como causa natural, inerente à nós, pobres mortais. Porque pior que ser infeliz é aceitar essa condição e deixar de lutar para trazer vida ao coração!

Morre lentamente quem se senta em frente ao fogo do paraíso, mas teima em não se queimar!

E voce, qual a sua maneira peculiar de se deixar morrer lentamente?

sexta-feira, abril 2

MEUS MENINOS, MEUS ANJOS

Homenagem para meus pequenos gigantes...meus filhos, Renan e Lucca.

Amo vocês!!!









PARABÉNS...QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?



                Tem sempre alguém que gosta de fazer essa pergunta. E nossa tendência é mentir...

Mas se refletirmos e enumerarmos os anos que passaram - os que já não temos mais, veremos que somos a soma de cada um deles.

São tempos que pertencem ao passado. Se foram anos felizes ou não, bem ou mal aproveitados, se foram...Não mais os teremos de volta. Foi um tempo, que o tempo nos deu para crescer. Para que pudéssemos plantar as sementes escolhidas. Para sorrirmos na aurora de nossa vida e cantarmos as músicas que a gente queria ouvir. Às vezes ele, o tempo, foi dolorido, sem graça, outras tantas, foi sublime. Nos presenteou com uma bússola única: Nosso Coração. Esse só o tempo faz ficar grande, generoso ou não. Sempre valendo as nossas escolhas.

Que bom que as tivemos!

Agora que eles se foram, não podemos fazer uso deles. Só podemos aproveitar as lições que nos trouxeram cada um deles e responder:

-ESPERO TER MUITOS ANOS! TANTOS QUE NÃO PODEREI CONTAR...

Porque eles virão. Significarão os anos que me restam para viver, para buscar a felicidade, o conhecimento e desbravar a ventura de viver todos os dias que ainda terei, atenta, com coragem e paciência.

Depositarei nesses anos futuros toda a minha calma e a minha alma. Meus planos, desejos e esperança, para quando chegar o fim, poder dizer:

“FIZ TUDO COMO PLANEJEI. SE DEU CERTO, FOI GRAÇAS A MIM. SE ERREI, PACIENCIA, OS ANJOS NEM SEMPRE ACERTAM...”

segunda-feira, março 29

A dança do amor

Do mesmo modo que ele chega; terno, amigo, cúmplice, companheiro, ele se vai, por entre nossos dedos, escoando num ritmo lento, que tantas vezes não prestamos atenção.

Ele se vai numa frase dura, dita de qualquer maneira ou numa cena de ciúme infame.

Num olhar que se perdeu ao longe ou nas mãos que já não se alcançam mais e vazias, procuram novos destinos.

No apoio que não veio quando era o que você esperava.

Na data do primeiro encontro esquecida, colocada de lado, como se fosse uma memória inútil.

Nas lembranças dos dias felizes que não contam mais, se perderam no tempo.

No coração que não pulsa mais acelerado, quando o encontro é incerto.

Na emoção de comprar um presente sem data marcada e ficar apenas no desejo.

Não fazer valer à pena!

Não deixar o ritmo dos corpos ter a mesma cadência única e incomparável.

O amor se vai numa fração de segundos!

Quando percebemos, já era!

E não fazemos isso tudo por querer. Não é de caso pensado.

Acontece!

Não prestamos atenção no outro. Não escutamos o que ele tem a dizer. Não percebemos seus olhares perdidos, vagos, quietos, como se não pertencessemos mais ao mundo dantes compartilhado.

E o amor já era...

Ele, definitivamente, foi alegrar outros campos, outras eras.
Foi habitar outros sonhos, de mãos dadas com a vida. Buscar novos parceiros. Permear novos caminhos.

E você fica alí, sofrendo a angústia do fracasso, de não ter conseguido manter o amor cativo aos teus calcanhares enquanto vivia sua vida. Quando não crescia!

Enquanto permitia que teus dias passassem por passar...

Não priorizava seu próprio amor...e nem o amor próprio!
seu jeito de ser...
sua maneira de ver as nuaces da vida que se estendia diantes do seu olhar.

Ninguém é culpado quando o amor se vai. Pelo simples fato de que ninguém suporta uma relação unilateral.

Ele deixa uma porta aberta para o próximo amor, que juramos, que desta vez, será diferente! E sempre é...finalmente!


segunda-feira, março 22

PASSEANDO PELA JANELA...

Quando olho pra trás, pela janela da vida, esfrego o olhar, deixo atentos os ouvidos, levo minhas memórias numa viajem sem arrependimentos. Mesmo porque deles não quero lembrar!
E penso que certos detalhes poderiam ter sidos evitados, outros teria feito diferente. Mesmo assim, com o olhar atento e coração aos pulos, enfrento a mim mesma...
E este enfrentamento é de amor e por amor. Sobre ele. Sobre como afeta a nossa vida. A realidade de meus dias, que foram amplos, claros e cristalinos, como os sonhos que não vivi. Como as frases que foram cortadas antes de amadurecerem.
Devo dizer a mim, porque de certa forma, só a mim interessa, que todas as vezes que deixei de dizer as minhas verdades, que não olhei nos olhos de quem amei e amo, deixei de ser eu mesma, pois o amor é para sempre. Não importa quanto de abrigo damos a ele, quanto acalentamos dentro de nós a ousadia de amar mais ainda.
Este viver que invade cada recôndito do ser, que te obriga a olhar pra dentro de si; que te exige apenas compreensão do amar do outro; que não pode cobrar reciprocidade. Apenas deixar ali e ser recíproco, se puder...
Matar a fome do amor, amando sempre...
Falamos tanto do tempo, transformando-o num inimigo feroz. Devorador de nossas melhores horas e um sarcástico amigo, quando vem a saudade...
Ah!!! Quando vem a saudade... essa dor que não dói, mas que vem tão pequena e se transforma numa chaga imensa com o passar dos minutos, quando o tempo escorre entre os dedos.
E o causador da saudade não chega, não vem, não invade nossa vida, fincando ali apenas sua bandeira e suas pegadas.

É imenso o amor.

E de repente ele chega sorrateiro, pisando de leve, demarcando teu poder transformador...E a gente acorda, ressurgindo das cinzas.
Cicatrizando as antigas feridas, sulcos abertos nas muralhas de nossos medos.
Quantas vezes evitamos a felicidade por medo de que, se a aceitarmos, ficamos dela refém. E não aceitaremos mais contar o tempo sem que ela esteja presente como uma água na colina.
E desta maneira, vamos indo, ao encontro tão esperado!
Sermos absurdamente felizes! Completamente dignos de sermos... felizes!

Diante de todas as dificuldades!
Diante de todos os nãos!
Diante de todas as cicatrizes!

Pois somente assim, estaremos inteiros para sentir o poder latente da vida que grita por si só!

segunda-feira, março 15

A FILA ANDOU!

Com voce eu aprendi a domar minhas emoções!
A não deixar transparecer o brilho do meu olhar, as mãos suadas, o calor d'alma.
Desaprendi o caminho que tracei para ser feliz!

Me avisaram que é melhor só do que mal acompanhada. E descobri que é verdade!

Caminhei sozinha na construção de nossa relação. E hoje te digo: Para mim, voce é passado. Que bom que acabou!

Vou me preparar para grandes novidades. Tirar do baú as memórias. Decorar a vida com mapas e roteiros de viagens. Retomar o tempo que passou, mas que não se perdeu.

Trazer a velha menina suada e cheia de risos que habitara, escondida, as entranhas dos meus sentimentos.
Ligar os sentidos!
Flertar com o desconhecido!
Brincar de ser contente!

Buscar as sementes que germinaram sem que eu tomasse conhecimento.
Cantar em prosas os versos que criei.
Molhar meu jardim...

Me excitar com os toques suaves das ventanias em mim e navegar o mar tão sonhado.

E alí, junto à areia morna, nos braços morenos do luar, escutando os louvores que o vento rescita, amar o amor que desabrochou, enfim!


O Q VOCE QUER?

Eu quero mais sexo. Sexo amoroso e carnal.
Quero dançar e cantar mais.
Quero presenciar mais amanheceres na praia. Ver a lua descer e o sol ressurgir intenso, claro, como a agua desse mar...

Quero viver a vida plenamente. Sem arrependimentos, muito menos renúncias.
Quero gargalhar por causa das piadas, principalmente as que minha irmã, magistralmente, me conta, todas as vezes que nos vemos.
Quero liberar minhas energias que tantas vezes trancafio no sótão da normalidade em que me coloco. Por medo. Por loucura. Por insensatez.

Quero dar uma de doida...
Quero faz-de-conta. Pique-se-esconde, alto, baixo, com mão-na-parede...lembra?
Quero paz na vida e entre os homens.
Quero mais grana, mais gana, menos honrarias.
Quero tanto e tão pouco!

Quero somente o que eu tenho direito. A minha parte do galardão.
Não quero solidão. Quero movimento. Marés altas. Ondas grandes e muitos papos.
Não quero lágrimas. Só as de tanto rir.

Não quero falsos amigos, se é que amigos podem ser falsos...
Não quero jóias. Pensando bem, não as quero de jeito nenhum. Quero eu, me enfeitar!
Não quero tesouros. Quero recordações, cartas, fotos.
Não quero malas. Já bastam os meus medos...

Quero ter opinião própria. Minha visão. Ouvidos de ouvir, como minha mãe já dizia...
Quero ser tantas mulheres que eu conseguir. Uma por dia. Para não cansar quem comigo convive.

Ter várias faces e ser a mesma de sempre!
Quero que conte comigo. E que eu possa contar contigo.
Quero estar aqui. Plenamente inteira à espera de grandes novidades...

E voce, o que quer?

quarta-feira, março 10

DEVAGAR COM O ANDOR...

Ei, vem devagar com o andor que o santo é de barro!

Nada de vir com advertências! O caminho é meu. Eu é quem tenho que trilhá-lo!
Nada de colocar obstáculos por aqui, pois vencerei todos. Nada me impedirá de voar!
Pode ir parando por aí...
Minhas experiências são únicas. São minhas. Só eu poderei experimentá-las!
O sabor do mel ou do fel, só eu saberei.

Nada de vir colocando frases feitas em minha boca...Palavras são palavras, apenas, amenas, pequenas. O que sobra são o que elas deixam inteiras. Poderosas que são, destróem onde caem. E na minha cabeça, nem vem...que não tem!

A dor e a cor dos meus sonhos, só eu poderei distinguir...
E no fim do caminho, da viajante cansada, só os louros das vitórias, para quem aprendeu que a maior de todas as lições sempre foi e será:
A de vencer a si mesma!

QUEM PLANTA VENTOS...

A vida é breve demais! termina num estalo...
Devemos, sim, vivê-la com paixão e entrega, lembrando sempre que a colheita é certa.
Se plantar ventos colherá tempestades!

Pois, então, que plantemos amigos, amores, afetos e flores.
Que possamos conquistar a vida e ter um caso de amor com o tempo!
Trazê-lo para o nosso lado...
Fazer dele nosso aliado.

Deitarmos juntos no verde da esperança e contar as estrelas que ainda faltam brilhar no céu das nossas noites...
Justificar nossos erros e acertos. Porque só acerta quem coleciona tentativas. Só vence, quem dá o primeiro passo. E o último justo somos sempre nós mesmos, caminhando e travando guerras entre o Ser e o ter.

Nos ensinaram, nossos Pais e Mestres, que vale muito mais SER do que TER. E aí vai tantas divagações...
SER leal e justo?
SER humilde e fraterno?
SER filho do amor e cumplice do tempo? ou
TER afeto e senso de justiça?
TER coragem?
TER fé e esperança?

Tais e tantas reflexões!
Num complexo experimentar de emoções, que no fundo só pretende perpetuar nossa memória. A de quem fomos. A do que vivemos. Plena e intensamente, fechando o círculo poderoso do amanhã!

terça-feira, março 9

SÓ UMA PALAVRA...

Só uma palavra me devora... aquela que o meu coração não diz!

Não diz por covardia...
Por receio de não ser compreendida.
A palavra que cala, se perde no silencio singular da hipocrisia.
Se veste de fantasia para mergulhar no nada!

A palavra que não é usada para unir, dissolver nódulos da ignorancia e desvendar a verdade, se perde do que é humanamente esperado por nós, que estamos em busca de paz!

A palavra que vira sussurros e se esconde nos vãos dos não-sei-quem-disse, das inverdades inglórias, que só prejudica, felizmente com o tempo escoa por entre ouvidos surdos, como a água da montanha.

Só uma palavra me devora...aquela que o meu coração não diz. Cala-se. Preparando-se para nada esperar. Somente o vazio que vou construindo com minha covarde mania de estar além. Além do que sonhei alcançar!

VOCE...

Um dia de repente, o susto.
Quem é?
De onde tirou essa sensibilidade?
E me detive por ali, pensando...
Será verdade?
Arrisco um convite? Bem, foi o que fiz.
Arrisquei e me surpreendi com a rápida resposta. E do susto, passei para o entusiasmo com a mesma velocidade.
Adorei tudo.
Comentários.
Depoimentos,
Sensuais, sedutores, inteligentes, versáteis, suspeitos e que, aos poucos, viraram tão reais...
Como os fatos de minha vida!
Que a partir de então...
Coloriram-se num arco-íris vibrante de sons e luzes.
Arrisquei de novo, um “Eu te amo!” que estava preso na garganta, com medo - sempre o medo – de sair mundo a fora, sem medo do efeito em mim.
Foi como se rompesse um dique, represado há tanto tempo e por tantos motivos.
Eu te amo!
Uma frase de efeito?
Nada...
Uma lição de quem não sabia nada de mim. Nem sei ainda se sabe a extensão disso.
Mas, foi.
Como um rompante.
Uma explosão de meus sentimentos.
Se fechasse os olhos veria as cores múltiplas desta expressão.
Eu te amo!
E este amor movimenta meus braços na direção de um abraço teu.
Meus olhos em busca do teu olhar...
Meus passos, em busca dos sonhos...
Minhas orelhas, que esperam sua voz...
Meu viver que parece parado sem você!
Vida nova. Sonho novo.
Uma caminhada sem tréguas... constante em busca da própria recriação.
Só para ser cada vez melhor, para ser só de você.
Para que ser feliz seja apenas uma rotina.
E a crença, em uma felicidade inédita, tomava forma e ensaiava numa nova oportunidade. Para ser. Para estar.
Eu te amo!
E basta a mim amar você. Me tornando um epílogo de sua vida. De seus projetos, habitando assim contigo e por você uma nova era, onde impera o nosso ser.

O meu e o seu viver!

sábado, março 6

MINHA VELHA INFÂNCIA

Minha velha Infância (nem tão velha assim)

Quando eu tinha uns 5 anos, estava de férias em casa de minha irmã Olga, aqui em Vitória.Mas eu morava com meus pais e outros muitos irmãos em Cachoeiro de Itapemirim, minhaterra natal. Em frente a casa de minha irmã, morava uma menina, que já não me recordo o nome e, na véspera de natal (acho que por isso não gosto de natal), ela havia ganho uma boneca linda,que andava e falava “papai e mamãe”.

Eu achava aquilo o máximo!

Era meu sonho de consumo ter uma boneca como aquela.

E não queria mais voltar para casa. Queria só saber da boneca, que ela, minha amiguinha, às vezes , deixava eu brincar. Pegar no colo, ligar e desligar...

E minha mãe, num determinado dia, veio me buscar. Nossa, pra mim foi a morte. Chorei tanto...

E disse que eu não ia de jeito nenhum!

Então, ela, aproveitando-se de minha ingenuidade infantil, deu a última cartada:

- Ah! Você não vai, não? Então eu vou dar a boneca “Amiguinha”, que eu e seu pai compramos pra você, para a filha da vizinha!

Eu, quase morrendo, com o coração aos pulos, gritei:

-Mãeeeee, você comprou minha boneca? Meu Deus, que felicidade! Vamos logo, mãe...Ela deve estar louca de saudade de mim! Vamos, Vamos!

E assim, fomos nós, aboletadas num ônibus, que demorou uma eternidade para percorrer aquelas 4 horas de viagem. Horas intermináveis que me separavam de minha filhinha. A toda hora eu dizia, lá dentro do meu coração: - Calma, filhinha, mamãe já está chegando!

Qual não foi a minha surpresa ao chegar em casa e descobrir que a minha filhinha muito amada, desejada, sonhada, não passava de um “Parapedro” de plástico duro, sem graça, com uma roupa horrível e uma chupeta pior ainda na boca.

Isso não se faz com uma criança. Não se faz com ninguém. Até hoje dói relembrar desta traição de minha mãe. Depois, ficou tudo bem. Brinquei muito com meu boneco de plástico e fui feliz, mesmo assim!

Por isso sou assim, avessa a promessas que não sei se terei condições de cumprir!

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